segunda-feira, 16 de maio de 2011

TRABALHAR SOB PRESSÃO PODE TRAZER DANOS À CARREIRA


Quem trabalha sob pressão, seja por prazos, resultados ou qualquer outro motivo, está mais propenso a cometer erros, tomar decisões equivocadas e até mesmo chegar ao limite e jogar tudo para o alto. É por isso que, além de fazer mal à saúde, o estresse também pode ser o vilão da carreira. Ele exige atenção, sob o risco de levar os profissionais a situações nas quais eles tenham reduzida a capacidade de planejar, organizar e administrar. “Antes que seja tarde, é preciso pôr a cabeça no lugar e os problemas em uma gaveta, relaxar de alguma forma e retornar depois com mais calma”, diz Laerte Cordeiro, da Laerte Cordeiro Consultores Associados. 

Mesmo diante de situações de pressão, o profissional maduro e responsável deve fazer o possível para não levar o problema a outras instâncias dentro da companhia. “O próprio profissional deve resolver problemas de crise no seu trabalho, adotando medidas que possam amenizar os picos e reduzir as ocorrências”, afirma o consultor. Ele destaca a importância de se manter a serenidade e, caso o problema precise ser levado ao superior, é preciso atenção a alguns detalhes. Antes de mais nada, a situação deve envolver algo que seja demonstrável, para evitar que o contato com o chefe se transforme em lamúria. Se isso acontecer, pode ficar a impressão que o profissional está apenas querendo passar o problema para frente, em vez de enfrentá-lo.

Atenção aos sinais
Quem gere equipes precisa estar atento às atitudes. “Também cabe ao chefe responsável, líder e competente ficar alerta para identificar problemas no seu entorno”, ensina o consultor. Uma dica para quem lidera pessoas é estar sempre de olho a sinais como sucessão de erros, desatenção nas tarefas, irritação e mau-humor freqüente, indisciplina, absenteísmo e atrasos constantes – pistas de que a pessoa pode estar sobrecarregada.

Como o estresse tem influência direta sobre a saúde dos funcionários, também é papel das empresas encorajar ações de melhoria da qualidade de vida e do ambiente de trabalho. “Lidar com o estresse é um trabalho constante”, diz Sidnei Batista, diretor da consultoria Ecos e especialista em gestão do estresse. Segundo ele, para evitar que os profissionais cheguem ao limite por conta das pressões do trabalho, as empresas precisam dar atenção a programas de qualidade de vida que englobem ações permanentes. “Não existe proposta milagrosa nem fórmula mágica. As companhias precisam possibilitar o desenvolvimento sustentável dos seus funcionários”, diz.

Ao não investir em qualidade de vida, a empresa corre o risco de contribuir para a formação de bombas-relógio. “A pessoa que não se alimenta bem, dorme pouco, fuma e não pratica exercícios está mais propensa a esses picos de estresse. Com a rotina agitada de trabalho, não é à toa que vemos tantas pessoas enfartando antes dos 40 anos”, explica. Sidnei ensina: um bom programa de gestão do estresse prevê ações contínuas e integradas que envolvam atividades físicas, boa alimentação e relaxamento, de forma a promover o bem-estar físico e mental.

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