quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO


Boa noite a todos que me dão o prazer da companhia neste espaço que é dedicado, dentre outras coisas, a passar sempre a mensagem de que para termos um trânsito mais seguro depende mais de nós mesmos do que de qualquer outra coisa.

A Educação para o Trânsito, que engloba o ensino da Direção Defensiva, dentre outros assuntos, vou além, do Comportamento Preventivo no Trânsito, é dever e prioridade dos órgãos e entidades do S.N.T, dê acordo com o C.T.B em seu Cap. VI “Da Educação para o Trânsito", mas, infelizmente, o que vemos é o total desrespeito a este e a vários outros capítulos do C.T.B, tanto pelos cidadãos, que na maioria das vezes desconhece qualquer assunto ligado às Leis de Trânsito e como consequência sofre na pele com isso, sendo vítima da violência do trânsito, quanto pelo Governo, em todas as esferas e competências, que ao invés de zelar pelo trânsito seguro e pela preservação da vida, corta custos de programas educacionais, não aplica e não fiscaliza o cumprimento das leis como se deveria trazendo assim o pior resultado que se poderia ter que são às vítimas sob todas as formas da violência de trânsito.
 
Acredito que informações sobre dados estatísticos, números, fontes, etc, se tornem  de certa maneira um segundo plano quando falamos da violência no trânsito, pois pouco importa se são 35.000, 60.000 ou 150.000 ou até mesmo apenas 01 vítima, pouco importa se é causado por "falha humana, mecânica ou da pista" se são em 50%, 75% ou 100%, vida não tem preço, temos que lembrar sempre que atrás daquela vida perdida ou daquela pessoa que sofre danos irreversíveis outras pessoas sofrem junto, pais que choram a inversão natural da vida que é filhos enterrarem os pais, filhos que choram a perda de pais, esposas que além de chorarem a perda de seus maridos, na maioria das vezes, sofrerão uma queda de padrão social, pois os que sustentavam suas famílias ou se foram ou se tornam despesas, por sinal pesadas.
Temos que tratar sim de tal assunto quando falamos de Direção Defensiva, ou outro assunto ligado ao trânsito, mas de forma a mostrar que a violência no trânsito não escolhe pessoa, dia, hora, local, etc, todos estamos sujeitos a ela, independente de cor, credo, sexo, classe social, somos todos atores neste cenário de violência e assim sendo temos que, cada um de nós, fazer nossa parte, respeitando às leis é claro, mas principalmente respeitando o próximo. Para mudarmos esse cenário temos que pensar na educação de forma global, na educação em casa, na criação de nossos filhos, pois um quadro que muito me assusta atualmente é a forma como nossos jovens estão sendo criados, por pais que como forma de compensar a ausência existente por diversos fatores, mas principalmente pelo trabalho, não sabe dizer "não", os criam sem limites, de forma que eles acham sempre que estão certos e que a vontade deles é que importa. Estes jovens que não tem limites, não respeita seus colegas de escola, não respeita seus professores, não respeita nem mesmo seus trânsito como condutor terá em veículo uma extensão do próprio corpo e com certeza qualquer vida valerá menos que seu veículo.
 
Ao final de todos meus treinamentos e palestras sempre digo que, dê nada adianta estudarmos tanto, fazermos cálculos matemáticos complexos em busca de números estatísticos, lermos o C.T.B ou qualquer outra lei, entendermos os preceitos da Direção Defensiva ou qualquer outra maneira de comportamento seguro se não houver antes disto o RESPEITO e o AMOR AO PRÓXIMO.

Antes de qualquer coisa, sou a favor da vida.

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