terça-feira, 6 de setembro de 2011

O TRANSPORTE DE CARGA E A VIOLÊNCIA NAS ESTRADAS

De acordo com dados da Agência Nacional dos Transportes – ANTT, atualmente nosso país conta com 130 mil empresas de transporte de cargas, que possuem uma frota de 1,6 milhões veículos e 1,2 milhões de
caminhoneiros registrados.

Ao falarmos da violência que assola as estradas do país e que afeta diretamente o transporte de carga, invariavelmente pensamos no roubo de carga, que somente no ano passado causou prejuízos de R$ 850 milhões. Para combater este delito, diversas medidas são tomadas pelas autoridades públicas e empresas do setor. 
Apesar de responder por 13,5% do total de veículos emplacados no país, esta frota responde por 22,5% dos acidentes de trânsito, que geraram prejuízos de 9,7 bilhões de reais no ano de 2010, sendo estes em torno de onze vezes maior do que os causados pelo roubo de carga. 
Ciente destas informações concluiu-se que os acidentes de trânsito causam mais prejuízos às empresas de transporte do que o roubo de carga.
As estatísticas mostram que 90% dos acidentes de trânsito são falhas humanas, 6% problemas nas pistas e 4% falhas mecânicas, pois bem, se uma pista se encontra com problemas diversos, não sendo feita sua manutenção, por exemplo, de quem foi à culpa por tal situação? Se um veículo apresenta uma falha mecânica, será que foi feita a manutenção preventiva de forma correta? Nestas situações não existe falha humana? Podemos concluir então que, os acidentes de trânsito, em algum momento, pode ser previsto e evitado por um ser humano, porém para combater esse mal que assola nosso país e causam prejuízos as empresas, são necessárias melhorias das condições operacionais, da legislação vigente, das tecnologias veiculares que auxiliam na condução segura, dentre outras. Mas acima de tudo, é necessário que se faça investimentos na conscientização e na capacitação dos condutores profissionais na busca por uma direção mais segura. É preciso que as empresas percebam que tais investimentos são ínfimos se comparados aos prejuízos provocados pelos acidentes de trânsito, não adianta investir em tecnologia de ponta, em melhores condições de trabalho se existir um condutor que não se preocupa com a vida dele nem com a do próximo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário