segunda-feira, 21 de março de 2011

MANUTENÇÃO: QUAL O PREÇO DE NÃO FAZER?


Todos os dias, apenas na cidade de São Paulo, mais de 600 veículos são guinchados, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Em um mês, o número supera 18 mil unidades. Deste total, a grande maioria demonstra sinais de falta de manutenção. Segundo a companhia, 45% dos veículos rebocados apresentaram falhas mecânicas e outros 17% panes elétricas.
Para ilustrar a gravidade da questão para a mobilidade urbana de uma cidade como a capital paulista, apenas um veículo quebrado em uma via como a Marginal Tietê pode provocar três quilômetros de congestionamento em apenas 15 minutos, tempo médio para a remoção.
Além disso, estima-se que 30% dos acidentes de trânsito do País são provocados por algum problema mecânico do veículo. “A manutenção é primordial para a segurança, entretanto, problemas na pastilha de freio, por exemplo, são grandes responsáveis por acidentes”, pontua Jesse da Cunha, coordenador da concessionária Fórmula Renault.
Segundo ele, quem não tem o hábito de fazer manutenções preventivas usam três argumentos para fugir deste cuidado. “Alguns consideram caro, além disso, dizem que é desnecessário. Outro ponto é o tempo necessário para troca de equipamentos, alguns não querem esperar e por isso deixam de substituir uma peça”, afirma

Sentindo no bolso
Se você é do tipo que não se preocupa com a manutenção do seu carro, fique atento. Isso pode sair mais caro do que você pensa. Segundo estudos do GMA (Grupo de Manutenção Preventiva), cuidar do veículo preventivamente evita desgaste prematuro de peças e é bem mais econômico.
De acordo com o grupo, a manutenção preventiva é, no mínimo, três vezes mais barata do que a corretiva. Entretanto, em algumas situações a economia pode chegar a 800%. É caso, por exemplo, da troca da correia dentada.
Feita no prazo indicado pelo fabricante, custa, em média R$ 200 - dependendo do modelo do veículo. Em compensação, adiar a substituição pode provocar a quebra da peça e o rompimento do cabeçote do motor. Neste caso, o reparo não fica por menos de R$ 1.500, ou seja, 800% mais caro do que a manutenção preventiva.
Outra situação em que o valor aumenta bastante é a troca do filtro de combustível. Realizada preventivamente custa, em média, R$ 30. Em compensação, deixar de fazer a troca no período indicado deixa o conserto dez vezes mais caro (R$ 300) devido ao comprometimento de outras peças. Segundo Cunha, o ideal seria realizar a manutenção ao menos uma vez por ano ou então a cada dez mil quilômetros rodados.

Quanto mais velho, menos cuidado
Uma pesquisa da GIPA, órgão internacional especializado em pós-venda, revela que no Brasil o índice de manutenção preventiva cai de acordo com o aumento da idade do carro. De acordo com a análise, em cada dez carros com até dois anos de circulação, sete fazem manutenção preventiva. Em veículos com idade entre dez e 15 anos, este índice cai para apenas quatro.
Embora pareça uma queda pequena, o número de automóveis com este tempo de circulação que não fazem manutenção preventiva representa mais de cinco milhões de unidades, volume superior à frota circulante de automóveis dos Estados de Minas Gerais e Bahia.

Elas são mais precavidas
Entretanto, dados da mesma instituição revelam que a prevenção em veículos cresceu 5,9% nos últimos anos. Além disso, a análise indica que as mulheres respondem por uma fatia importante dos serviços nas oficinas.
Segundo os números da pesquisa, em janeiro de 2008, o público feminino representava 33% da clientela. No mesmo mês de 2009, esse percentual subiu para 48%. “Com receio de ficarem paradas, com o veículo quebrado na rua, as mulheres são pré-dispostas a fazer a manutenção preventiva, costumam seguir à risca as recomendações do mecânico de confiança e gostam de receber todas as informações dos serviços que serão realizados em seu veículo”, destaca Cunha.

Fonte: Escrito por Redação Webtranspo: Elizabete Vasconcelos

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