domingo, 23 de janeiro de 2011

SERRA DAS ARARAS NA DUTRA REGISTRA MAIS ACIDENTES QUE RODOVIA DA MORTE

Este texto trás uma importante informação para todos nós, principalmente aqueles que vão com periodicidade a região metropolitana do RJ. Leiam com atenção.

As duas principais cidades do país, Rio de Janeiro e São Paulo, têm na Rodovia Presidente Dutra (BR-116, também conhecida como Rio-São Paulo) - inaugurada em 1951 e totalmente duplicada em 1967 - a mais importante estrada e ligação econômica do Brasil, nação que possui dois terços de toda a sua movimentação de carga por via rodoviária.

Apesar de toda a sua importância, a estrada sofre há muitos anos com um fator que provoca reclamações de todos os empresários, e que continua sem solução: os 8,7 km da Serra das Araras, em Piraí, considerado um gargalo na área de transportes.

Não bastasse os entraves para o desenvolvimento econômico do país, o estudo feito pela Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) e divulgado no final do ano passado levanta um dado ainda mais alarmante que os reais que são perdidos nas curvas da Rio-São Paulo: o trecho da Serra das Araras é o que mais provoca acidentes por quilômetro em relação às principais estradas federais do país, superando até mesmo a parte catarinense da BR-101, conhecida como "rodovia da morte".

De acordo com os números levantados pela Firjan, as duas pistas na Serra das Araras registraram, em 2009, um total de 396 acidentes (256 na pista de descida e 140 na pista de subida; mais de um acidente por dia, em média). Até junho de 2010, foram registrados 143 acidentes (94 no trecho em direção ao Rio e 49 no sentido São Paulo), o que sugere um viés de queda no número de acidentes no ano passado.

Comparando os números de 2009, a passagem da Serra das Araras tem uma média de 45 acidentes por quilômetro (29 na descida e 16 na subida), contra a média de 14 em todo o restante da parte fluminense da BR-116, representando mais que o triplo de ocorrências. Em relação à "rodovia da morte" a diferença é de, respectivamente, 45 e 20 acidentes por quilômetro. Proporcionalmente, o trecho da rodovia em Piraí tem 125% de ocorrências a mais.

Atraso

Os números, porém, poderiam ser menores, se a CCR Nova Dutra (empresa que recebeu a concessão para a administração da rodovia, em 2006), tivesse cumprido o Programa de Exploração da Rodovia, que previa a construção de uma nova pista de subida até 2009. O entrave é o preço da obra, estimado em R$ 100 milhões - em valores de 2009 reajustados pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) - quando da assinatura do contrato, inferiores aos R$ 350 milhões necessários atualmente.

Por essa razão, a agência reguladora e a concessionária estão reavaliando o equilíbrio financeiro do contrato para que a obra saia do papel: a estimativa, agora, é de que a construção comece no segundo semestre do próximo ano, com a conclusão para os primeiros seis meses de 2015.

Responsabilidade compartilhada

Trabalhando há seis anos na 6ª Delegacia da Polícia Rodoviária Federal (PRF)em Piraí (que cobre a Serra das Araras), o agente Fábio Neposiano não vê apenas o atraso da construção da nova pista de subida como o "vilão" da história: ele atribui o alto índice de acidentes - além da sinuosidade da pista - a um fator sempre presente quando se fala da violência no trânsito: a imprudência dos motoristas.

- A maioria dos acidentes é causada pelos motoristas, que não respeitam o limite de velocidade para o local (40 km/h) e também não seguem a determinação de usar o freio motor, preferem descer a serra com a marcha leve e freando - criticou.


Fonte:www.estradas.com.br

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